Infelizmente, essa não foi à primeira nem a ultima e nem
a pior briga entre torcidas organizadas no Brasil. Quem não se lembra da final
da Copa São Paulo de Futebol Junior. de 1995, quando palmeirenses e paulistanos
transformaram o estádio do Pacaembu numa verdadeira praça de guerra, onde o
Márcio Gasperin da Silva foi morto, apesar de toda a infraestrutura exigida
para a partida como; policiamento, corpo de bombeiro, ambulância, médicos e
etc, mas eles esqueceram que o estádio estava em reforma e ainda havia restos
de material da reforma como pedaços de madeiras, barras de ferro e etc., tudo
que esses falsos torcedores precisavam para transformar o estádio em um
verdadeiro campo de guerra.
Mas o que vimos na arena Joinvile foi um descaso total do
Clube Atlético Paranaense para com os torcedores, segundo uma advogada o
Atlético poderia sim ter cobrado do ministério publico toda a infraestrutura
para realizar uma partida de futebol, mas ele não fez isso só por comodidade.Mas
o Ministério Publico de Santa Catarina (SC), também disse que não era sua
responsabilidade fiscalizar o estádio, por se tratar particular, mas desde
quando a última rodada do Campeonato Brasileiro, onde estava em jogo a
classificação para a Copa Libertadores da América e a permanência de um grande
clube com uma grande torcida com o Vasco lutando para continuar na primeira
divisão e um evento particular é um evento popular, ou seja, era a sua
responsabilidade. Mas a meu ver, eles deferiam ter acionado a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), ter invalidado a partida mas como tudo mundo sabe,
havia muitos interesses em jogo.
Em todos os jogos de futebol que fui até hoje, isso vai
13 anos, para todo lugar que olhava tinha um policial militar, e também era
nítido ver pelo menos duas ambulâncias para atender os dois lados. Eu nunca vou
esquecer-me quando o alambrado de São Januario cedeu, na final da Copa João
Havelange, todo mundo ficou parado ninguém acreditava no que estava
acontecendo, mas uma coisa me surpreendeu em segundos tinha helicópteros do
Exercito Brasil, da Policia Militar do Rio de Janeiro e dezenas de ambulância.
O que quero mostrar com esse depoimento, é que o CAP, não
se por que razão não exigiu do Ministério Publico toda a infraestrutura
necessária para uma partida de futebol, já que era um evento publico, não sei
se vocês reparam, mas a policia só interveio quando havia torcedores caídos,
desacordados, sangrando e etc.
Já que estão tratando os torcedores como suspeito de
homicídio doloso, os dirigentes do CAP também deveriam responder por isso, e
não apenas pagar uma multa de 10.00,00 e jogar quatro jogos com os portões
fechados. Eles sabiam dos riscos ali estava em jogo à classificação para a
Libertadores para o Atlético e a permanência do Vasco na primeira divisão do
Campeonato Brasileiro, eu nunca vi dividir uma torcida da outra com uma corda
baixa e cinco seguranças privados, mas é claro que eles iam para cima do outro,
eles tiveram toda a chance para isso, não podemos esquecer também que durante
anos a Força foi aliada da Império Alvi-Verde. principal torcida do Coxa rival
do Aletico-PR.
Segundo a torcida FJV do Vasco por meio de uma nota
oficial “Ficamos encurralados, não tinha saída, o espaço era pequeno para
passarmos todos. Na arquibancada não tinham apenas homens como está sendo
noticiado pela imprensa, conosco tinham famílias, como a do jogador Pedro Ken,
que ficaram desesperadas e que contavam com a gente para impedir o pior. A
necessidade daquele momento era nos defendermos da ampla manada que vinha em
nossa direção".
Outro queixa dos vascainos que não houve escolta policial
aos seus ônibus até a chegada ao estádio, afirmam que torcedores do Atlético-PR
fizeram uma "blitz" para roubar pertences dos cruz-maltinos.
Outro ponto importante e que não houve escolta da policia
na chegada do estádio, facilitando um confronto entre elas, só uma recebeu
porque pediu, mas o procedimento e que eles façam a escolta desde a entrada e
saída da cidade.
Só para se ter uma ideia de que eles estavam afim de
confulsão, mesmo os torcedores da região, que não pertenciam às torcidas
organizadas, eram revistados e os que tinham camisas ou objetos do Vasco tinham
seus pertences roubados e eram ameaçados. Deixando claro que o clima era hostil
por parte dos Fanáticos e pelo próprio presidente que disse: “Fomos mal
recebidos lá, mal atendidos”. Trancou-nos naquele vestiário ridículo, daquele
estádio ultrapassado.
Leia e tire a sua própria conclusão